“A arte latino-americana deve muito à Frida Kahlo”

13.4.2016 – 11:54

“Frida Kahlo foi mexicana até a medula e, mergulhando no espírito mais profundo do seu corpo, conseguiu acessar aquela fonte de inspiração universal que só os grandes artistas são capazes de atingir e que os faz superar os limites do tempo e do espaço” (Foto: Acácio Pinheiro/Ascom MinC)
Leia abaixo discurso do ministro da Cultura, Juca Ferreira, proferido durante cerimônia de abertura da exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México, em Brasília.
A arte latino-americana deve muito a essa mulher. Ela encarna de maneira nítida, luminosa, uma série de qualidades bem típicas dos nossos povos. A ambição criativa, a fidelidade a uma concepção de vida, a capacidade de enfrentar os maiores obstáculos. Frida Kahlo foi mexicana até a medula e, mergulhando no espírito mais profundo do seu corpo, conseguiu acessar aquela fonte de inspiração universal, que só os grandes artistas são capazes de atingir e que os faz superar os limites do tempo e do espaço.
Frida teve uma vida cheia de paixão e de dor. A paixão a fez sofrer muitas vezes. A dor serviu, muitas outras vezes, para alimentar sua energia criativa. O que para outras pessoas talvez se transformasse em um peso insuportável serviu-lhe de asas para voar. “Eu não sou uma mulher doente”, disse ela certa vez. “Sou uma mulher despedaçada”. A vida a partiu em pedaços e cada quadro seu era um desses pedaços que ela trazia de volta para si.
Sua história é uma história de conflitos, de polêmicas, de determinação e coragem. Uma história, acima de tudo, de um orgulhoso amor à vida – um amor à vida plenamente consciente do quanto a vida nos faz sofrer. Do quanto a vida exige de nós uma série de mortes e renascimentos sucessivos.
Com suas cores vibrantes, suas imagens extraordinárias, suas paisagens de sonhos e de memória ancestral, Frida Kahlo fez um grande bem ao seu país. Fez com que não somente nós brasileiros, mas povos do mundo inteiro entendessem melhor a realidade do México, um país onde se travou uma das primeiras e mais sangrentas batalhas da conquista do continente americano. Um país onde o sol já foi um deus e onde a morte é comemorada de forma festiva até hoje.
Frida Kahlo fez de sua arte uma explosão de símbolos e de formas dos testemunhos mais pungentes da redenção pessoal através da arte. Celebremos essa grande pintora latino-americana, essa mulher que nunca se deixou abater e que ainda hoje continua a nos surpreender e a nos ensinar.
Juca Ferreira
Ministro da Cultura

Conspiração

http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2015/09/conspiracao-20-09-2015.html

Luis Fernando Veríssimo

O maior mistério de todos para quem nos estudar de longe será o ódio. Nossa reputação de povo amável talvez sobreviva até 2050. Então, como explicar o ódio destes dia?

20/09/2015 – 09h06

Coitado de quem, no futuro, tentar entender o que se passava no Brasil, hoje. A perspectiva histórica não ajudará, só complicará mais. Havia uma presidente — Vilma, Dilma, qualquer coisa assim — eleita e reeleita democraticamente por um partido de esquerda, mas criticada pelo seu próprio partido por adotar, no seu segundo mandato, uma política econômica neoliberal, que deveria agradar à oposição neoliberal, que, no entanto, tentava derrubar a presidente — em parte pela sua política econômica!

Os historiadores do futuro serão justificados se desconfiarem de uma conspiração por trás da contradição. Vilma ou Dilma teria optado por uma política econômica contrária a todos os seus princípios para que provocasse uma revolta popular e levasse a uma ditadura de esquerda, liderada pelo seu mentor político, um tal de Gugu, Lulu, Lula, por aí.

Como já saberá todo mundo no ano de 2050, políticas econômicas neoliberais só aumentam a desigualdade e levam ao desastre. Vilma ou Dilma teria encarregado seu ministro da Fazenda Joaquim (ou Manoel) Levis de causar um levante social o mais rápido possível, para apressar o desastre. Fariam parte da conspiração duas grandes personalidades nacionais, Eduardo Fuinha e Renan Baleeiro, ou coisas parecidas, com irretocáveis credenciais de esquerda, que teriam voluntariamente se sacrificado, tornando-se antipáticos e reacionários para criar na população um sentimento de nojo da política e dos políticos e também contribuir para a revolta.

Outra personalidade que disfarçaria sua candura e simpatia para revoltar a população seria o ministro do Supremo Gilmar Mentes.

Uma particularidade do Brasil que certamente intrigará os historiadores futuros será a aparente existência no país — inédita em todo o mundo — de dois sistemas de pesos e medidas. O cidadão poderia escolher um sistema como se escolhe uma água mineral, com gás ou sem gás. No caso, pesos e medidas que valiam para todo mundo, até o PSDB, ou pesos e medidas que só valiam para o PT.

Outra dificuldade para brasilianistas que virão será como diferenciar os escândalos de corrupção, que eram tantos. Por que haveria escândalos que davam manchetes e escândalos que só saíam nas páginas internas dos jornais, quando saíam? Escândalos que acabavam em cadeia ou escândalos que acabavam na gaveta de um procurador camarada?

Mas o maior mistério de todos para quem nos estudar de longe será o ódio. Nossa reputação de povo amável talvez sobreviva até 2050. Então, como explicar o ódio destes dias?

Brasil, país do futuro (Foto: Arquivo Google)

 

Biblioteca Pública de Rio do Sul faz o lançamento do livro O Senhor Cooperativa

Obra traz as memórias biográficas e políticas do ex-deputado federal Ivo Vanderlinde

 

            A Fundação Cultural e a Biblioteca Pública Municipal de Rio do Sul promovem o lançamento do livro O Senhor Cooperativa – Memória Política e Biográfica de Ivo Vanderlinde. A obra será apresentada na quinta-feira, dia 14, às 19h, no Espaço Alternativo da Fundação.

O livro aborda a trajetória política e o trabalho do ex-parlamentar à frente das causas do cooperativismo em Santa Catarina e no Brasil. A autoria é do médico veterinário e escritor Dorvalino Furtado Filho e organização da obra foi feita pelo jornalista e radialista Homero Milton Franco.

            Ivo Vanderlinde nasceu na localidade de Pinheiral, em Braço do Norte, em uma família de agricultores. Se tornou deputado federal e atuou, por exemplo, como presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, movimento suprapartidário que participou da elaboração da Constituição de 1986. Foi idealizador e fundador da Cravil, da qual foi presidente, e é reconhecido pela atuação e conquistas no cooperativismo.

 

Lançamento do livro O Senhor Cooperativa – Memória Política e Biográfica de Ivo Vanderlinde

Autoria: Dorvalino Furtado Filho / Organização: Homero Milton Franco

Dia 14/04 (quinta-feira), 19h

Fundação Cultural de Rio do Sul (Rua Ruy Barbosa, 204, bairro Budag)

Informações: (47) 3521-7702

 

Tiago Amado

Equipe de Comunicação

Fundação Cultural de Rio do Sul

(47) 3521 7702 / 8806 6114

comunicacao@fundacaocultural.art.br

www.fundacaocultural.art.br

Escritor de Joinville inicia viagem pelo Brasil com ações de incentivo à leitura

Escritor de Joinville inicia viagem pelo Brasil com ações de incentivo à leitura Salmo Duarte/Agencia RBS

No trajeto, ele promoverá palestras e oficinas a estudantes de escolas públicas

Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS

 

As histórias sobre as viagens de um pau de arara pelo interior do Piauí foram as responsáveis por levar o escritor Jura Arruda, deJoinville, a uma jornada até o Nordeste do Brasil. O autor, conhecido principalmente por suas obras infantojuvenis, dá início hoje aoProjeto Quatro Livros à Procura de um Leitor, que o levará por 19 cidades de dez Estados brasileiros para divulgar seu trabalho enquanto promove ações de incentivo à leitura entre crianças e adolescentes.

Contemplado pelo Edital de Bolsas de Fomento à Leitura, do Ministério da Cultura (MinC), o projeto prevê dez sessões de autógrafos nas principais capitais do Brasil, 17 palestras para alunos da rede pública de ensino e três oficinas de criação literária no Estado do Piauí, onde a viagem se encerra, no dia 5 de maio.

O pau de arara foi decisivo para o projeto existir porque foi a partir de uma conversa do escritor com uma amiga e a produtora Juliana Araújo que a ideia começou a nascer. A jornalista Izabel Santos, que é natural de Caridade, no Piauí, contara episódios curiosos que envolviam este meio de transporte que ainda existe no interior do Nordeste, inspirando uma crônica que, por sua vez, incentivou a produtora a criar um projeto que levasse literatura àquela região.

Com o trabalho realizado na viagem, Jura dá continuidade a uma missão que a carreira na literatura infantojuvenil o faz promover há alguns anos em Joinville: o contato com jovens leitores. Em visita a escolas, ele compartilha experiências da vida de escritor e as motivações para ler e escrever, buscando incentivar a paixão pela leitura entre crianças e adolescentes. O mesmo será feito nos próximos 24 dias, mas os olhares curiosos virão de estudantes de diferentes cidades brasileiras.

— As palestras serão semelhantes ao que faço aqui, com contação de histórias e bate-papo sobre literatura. A base do projeto é o incentivo à leitura e, para isso, também faremos doação de 250 livros para cinco escolas visitadas em municípios carentes — conta ele.

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O projeto ainda prevê a arrecadação de material escolar para levar a estas escolas, em uma ação que já teve início em Joinville e nas primeiras cidades do roteiro. Quando o trajeto estiver chegando ao fim, ele ainda oferecerá oficinas de criação literária para estudantes de escolas de Jaicós, Patos do Piauí e Caridade do Piauí. A viagem termina, coincidentemente, em Inhuma, no Piauí, cidade que aparece no livro Uma Árvore que Dá o que Falar, lançado em 2013.

Na história, um garoto aprende a escrever com uma planta que nasce a partir de um livro enterrado no sertão. A obra infantojuvenil, inclusive, ganhou mais uma edição especialmente para a viagem e será o carro-chefe do projeto.

O Projeto Quatro Livros à Procura de um Leitor foi um dos 83 selecionados entre 928 inscritos no Edital de Bolsas de Fomento à Leitura, na categoria Circuito de Escritores. O programa foi criado, de acordo com a Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do MinC, para fortalecer a cadeia criativa do livro. Quem quiser acompanhar a jornada pode curtir a página do projeto no Facebook, onde será publicado o diário de viagem.

A NOTÍCIA
http://dc.clicrbs.com.br/sc/entretenimento/noticia/2016/04/escritor-de-joinville-inicia-viagem-pelo-brasil-com-acoes-de-incentivo-a-leitura-5775568.html